segunda-feira, 15 de abril de 2024

Incentivando a Saramago e lembrando Eça

 Ainda o galo não cantara a alvorada do dia 12 de abril, já 22 madrugadores, preparadíssimos – com toilettes e acessórios para sexta e sábado – “Claro, quando se sai é Em Grande! -, aguardavam a entrada no autocarro rumo a Mafra – o estudo da obra de José Saramago, Memorial do Convento, afigurou-se mais cativante estando, respirando o interior da imponente construção: o Palácio de Mafra.

     Quilómetro após quilómetro, o grupo foi-se aproximando do destino e não houve cansaço que demovesse os estudantes/visitantes, muito pelo contrário: as costumadas gargantas afinadas animaram a viagem e proporcionaram momentos descontraídos.

      Antes da entrada no “convento de franciscanos”, transcrevendo o romance, o almocinho caseiro, na companhia dos gatos do parque de merendas, reconfortou e deu a energia necessária para o percurso da visita.

      Igreja, corredores, escadas, salas, quartos, ricamente revestidos e decorados, foram desfilando aos olhos de todos e cada um arrancava dos presentes aquele comentário de admiração, aquela observação mais atrevida – “D. João, quinto do nome na tabela real,” não poupara nas luxuosidades, nas excentricidades, nas vaidades!

      Seguiu-se a visita à Aldeia Museu José Franco, em Sobreiro, um lugar encantador e acolhedor onde, em horas de lanche, o famoso pãozinho com chouriço confortou a “lassa frota”.

      Sintra, vila tão do agrado de um outro ilustre escritor, Eça de Queirós, proporcionou o repouso após o qual alunos e professores partiram com destino ao Palácio da Pena. Aqui, capacidades atléticas foram postas à prova e todos mostraram estar em boa forma física. Pode dizer-se que reis e nobres da época exibiam, respiravam e espelhavam riquezas e tudo o que se observou foi, efetivamente, “lindíssimo”, “de arromba!”

     Acabadas as visitas, feitas as tradicionais “comprinhas” para recordação futura, era a hora de regressar e deu-se início à viagem, estando todos contentes, mais ricos culturalmente e aptos para a reta final dos estudos à disciplina de Português. Sem dúvida, dois dias bem passados e uma forma diferente de aprender – andando, ouvindo e observando.







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